Nottingham Forest: A alma nunca acaba
Nottingham Forest, um dos clubes mais populares de Inglaterra apesar de o seu estádio não ser dos maiores (com capacidade para cerca de 30 mil espectadores), nome que provem da sua cidade (Nottingham) e o facto de ter uma floresta ali perto e devido ao seu símbolo.
Este histórico clube começou a 22 de março de 1866 contra o Notts Country, em jogos oficiais, pois já tinham competido numa outra competição não-oficial para conquistar um lugar na Liga já que, previamente, a Federação não tinha aceitado a sua inscrição. Ganharam então a competição não oficial, a Football Alliance. Com efeito, participaram pela primeira vez na FA Cup em 1878-79 e chegaram até a uma impressionante semi-final. Seguiram-se temporadas de algum fervor mas a mais significativa foi em 1897-98 quando ganharam a sua primeira FA Cup ante do rival Derby Country por 3-1. O mais impressionante foi que, no mesmo duelo, à 5 dias atrás para a liga haviam perdido por 5-0. Começou aí a caminhada de sucesso do Nottingham Forest habituado a destronar todas as estatísticas e sair vencedor dos encontros.
Em 1898 mudaram para The City Ground, acrescentando ainda mais ambição naqueles homens nascidos para vencer.
As guerras destroiem tudo
O Forest terminou em quarto da primeira divisão em 1900/01. No entanto os anos seguintes foram de aflição. O clube desceu à segunda divisão e passava por imensas dificuldades financeiras e apenas a ambição e esforço do staff fez com que o clube não terminasse. Entretanto começou a 1º Grande Guerra e o futebol foi duramente afetado pelo que, a Federação, decidiu fazer apenas ligas regionais até a guerra acabar. O futebol continuou e voltou às ligas nacionais. Mas, logo a seguir, estalou a 2º GM e a Federação voltou às ligas regionais. Depois de muita intermitência, tudo voltou ao normal em 1946-47. Mas o Nottingham já não era o mesmo. Passados alguns anos o clube desceu à terceira divisão onde continuou por duas temporadas até conseguir a promoção. 18 anos depois, em 1956-57, The Reds' voltaram à primeira divisão.
A glória e o desastre outra vez
The Reds' levantaram novamente a FA Cup em 1958/59. Seguiram-se momentos de estabilidade e, em 1966/67, o clube teve uma enchente de fãs- 40 mil- que os impulsionou para uma semi-final da FA Cup e um 2º lugar na liga. Esta temporada poderia ter sido a época de impulso para feitos mais altos, mas, mais uma vez, o azar com lesões e a má gestão do clube levou-o à segunda divisão outra vez. Mas mal o mundo sabia que estava para nascer o verdadeiro Nottingham Forest.
A europa a seus pés
Em 1975 começou, àquilo que se chama, a Clough's Era. Clough foi o treinador contratado em 1975 com a missão de devolver o Forest às glórias. Imediatamente, contratou 3 jogadores e conseguiu um oitavo lugar na Divison One (terceira divisão inglesa). Um ano mais tarde ganhou esta mesma divisão e, logo a seguir, o Championship. Os dois anos seguintes foram de reconhecimento e foram bi-campeões europeus. Mas os anos seguintes foram de decandência até que, inevitavelmente, a Clough's Era ter chegado ao fim em 1993 com a iminente descida de divisão. Ironicamente, o último jogo de Clough terminou com uma derrota por 2-1 com o seu filho a marcar o golo da vitória do adversário.
A crise final
Frank Clark foi o escolhido para substituir Clough. Contratou muitos jogadores e levou o clube de volta à Premier League. No entanto, com tantos jogadores comprados, o clube entrou numa grave crise e teve de deixar sair alguns jogadores importantes. Em 1997 Frank Clark foi despedido do acrgo de treinador e seguiu-se a sequência a que já estamos habituados. O clube descia novamente à segunda divisão. Voltaria à Premier League mas sem glória, acabando por descer novamente e estar, neste momento, na Championship e, tão cedo, não se preve que este histórico clube volte às grandes vitórias.
2 comentário(s):
Muito bom artigo a lembrar os tempos de glória do Nottingham Forest
9 de fevereiro de 2013 às 12:38Eu nunca fui muito «á bola» com o Notts, mas enfim, respeito aquilo que fizeram ou melhor o Clough, um dos grandes senhores do futebol, não um inovador, mas um « estrategista» brilhante, arrancava vitorias com a sua capacidade de alterar o esquema táctico de jogo para jogo, e atenção que isso obriga a treinar vários esquemas durante semanas, daí os bons resultados que ele obteve, era difícil saber em que esquema o Notts ia jogar o que obrigava os adversários a trabalhar varias hipóteses.
10 de fevereiro de 2013 às 23:23Deixo aqui os parabéns pelo artigo que me fez recuar no tempo, e lembrar algumas coisas que a muito estavam enterradas.
Enviar um comentário