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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O 4-3-3 de Zeman!




Zdeněk Zeman, nascido em 12 de maio de 1942 em Praga na Checoslováquia (atual capital da República Checa), é o atual treinador da Roma e o último romântico do futebol. 

Conheça o esquema tático que o caracteriza particularmente.


Zeman construiu a sua carreira praticamente toda na Itália, onde tentou mudar um pouco a mentalidade italiana, que é de um futebol de contra-ataque e defesas imbatíveis, colocando o seu esquema de jogo em 4-3-3, que favorece totalmente o ataque e leva um número elevado de golos.

Por exemplo, no Pescara, a ultima equipa que Zeman treinou e onde conseguiu o seu último título, a equipa fez 90 golos e sofreu 55, tendo um diferença de 27 golos para com o Torino, que foi segundo classificado. Esses números são algo irrealistas para qualquer equipa italiana e de qualquer lugar do mundo.

A formação

Quando fala sobre sua formação, Zeman sempre diz: “É o caminho mais racional para cobrir os espaços”; e porquê? A dinâmica e eficácia da sua formação são espetaculares e isso vai do Guarda-Redes até o ultimo avançado, todos eles tem uma função específica.

A formação de Zeman.

Para Zeman, o Guarda-Redes tem que jogar longe das traves, saber ler bastante bem o jogo e ter uma boa qualidade com os pés para poder ajudar os seus centrais quando estes sofrerem uma pressão adversária. O Guarda-Redes que ficou bastante popular nessa formação, foi o Francesco Mancini, onde junto com Zeman esteve nos dias de glórias ao Foggia.



Defesa

A defesa tem que ser organizada em semicírculo, com os laterais mais na frente, os laterais tem total liberdade para subir para serem as principais opções no ataque.

Meio-campo

A linha de meio campo é composta por 3 jogadores, onde existe um “cão-de-guarda” que presta apoio a defesa e recupere bolas mas que também consiga sair a jogar, e os dois médios que fazem as ilimitadas sobreposições.

Ataque

O grande destaque deste esquema tático é o tridente ofensivo. Os três jogadores são obrigados a se movimentarem continuamente, assim não há ponto de referência para as defesas adversárias fazerem marcações . Têm também que ser rápidos e ter uma excelente técnica sendo que por vezes até trocam de posição com os dois médios mais ofensivos.
Mas quem é o goleador? Não existe, porque a principal tarefa é cumprir a tática, a estratégia, o golo é uma mera consequência disso tudo.

A chave para a movimentação ultra ofensiva é o atletismo, isso não significa que os jogadores tenham de correr "à Usain Bolt". Cada jogador vai correr de acordo com o setor que ele corresponde.
Supremacia Territorial


O outro princípio é a supremacia territorial, como vocês podem ver em baixo. Zeman cria um 2-5-3 bem compacto, com uma aproximação impressionante e por isso precisa de esteticismos dos seus jogadores, porque se não seria uma verdadeira formação de Jair Picerni (irei falar dele em breve). Com esta formação, a equipa ganha totalmente o meio campo, fazendo com que fique com uma grande posse de bola. E como diz o próprio Zeman: “O ataque é a melhor defesa”.


Uma variação muito boa, que ofensivamente dá sempre certo. 

Profundidade

A profundidade é a procura por atacantes, que se movimentaram verticalmente e eles tocam sempre na bola, mesmo se estiverem em fora de jogo. Os laterais procuram sempre jogar verticalmente, e isso às vezes faz com que a equipa ganhe forma de um triângulo no meio campo, como na imagem em baixo.


Mas numa equipa que joga ofensivamente não existe nenhum ponto fraco? Sim, há um ponto fraco. Basta colocar os seus avançados nas costas dos laterais ou torcer por um passe errado, fazer um contra-ataque e marcar o golo.

Esta formação está longe de ser perfeita, mas  chega perto da perfeição, muitos treinadores tentaram repeti-la mas sem sucesso. Só Zeman para usá-la, e você numa consola, tablet, telemóvel ou PC.

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