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terça-feira, 30 de outubro de 2012

O mais remoto dos Dinamos





Hoje um mero clube do campeonato da Geórgia, em tempos uma das potências da União soviética e da Europa de leste.
Recorda-se aqui o seu ano europeu de ouro.



Sendo o Dinamo de Tbilisi um dos poucos clubes (juntamente com Dinamo de Kiev e Dinamo de Moscovo) a nunca terem descido de divisão na liga da ex-URSS o clube teve o seu melhor período entre 1976 e 1981 com a conquista de uma liga (1978) e duas taças (1976 e 1979), mas é em 1981 na sequência dessa mesma vitória na taça que o clube atinge o seu mais alto patamar na época de 1980/1981.
Sob o comando de  Nodar Akhalkatsi o clube inicia na época 1980/1981 com a participação na Taça dos Vencedores de Taças a sua grande (e única) odisseia europeia que mostrava a todos o potencial do futebol soviético durante esta mesma década.

Seria uma competição histórica para os azuis e brancos de Tbilisi que contava com jogadores de qualidade como o guardar-redes Otar Gabelia (que contrariava a lógica dos gurda-redes gigantes de leste com 1.76 de altura), o capitão Aleksandr Chivadze, Sulakvelidze, Kipiani e Gutsaev.


O Dinamo Tbilisi iniciou a sua caminhada com um empate a zero no terreno do Kastoria FC da Grécia, acabando por passar a eliminatória em casa por 2-0 com golos de Shengelia e Gutsaev.

Seguiu-se o Waterford FC da República da Irlanda derrotado com um 0-1 na Irlanda e goleado no estádio Boris Paichadze por 4-0.
Estava garantida a passagem aos quartos-de-final onde o sorteio ditou o vencedor da Taça de Inglaterra o West Ham.
Apesar do difícil teste a resposta foi cabal com uma grande exibição e uma vitória por 4-1 em casa transformando a 2ª mão numa quase formalidade onde apesar dos esforços ingleses o resultado não passou de um 1-0 para os da casa.

Meias finais atingidas e mais um adversário forte, o Feyenoord da Holanda que no Boris Paichadze não foi mais que uma vítima tendo sido positivamente "despachado" com um rotundo 3-0.

No entanto a 2ª mão seria dramática com o Feyenoord a conseguir atingir o 2-0 obrigando os então soviéticos a uma resistência heróica a fim de preservar a magra vantagem. O jogo terminou e estava garantida a histórica final.

O onze inicial da histórica final



Seria disputada a 13 de Maio de 1981 no Rheinstadion em Düsseldorf diante do também surpreendente FC Carl Zeiss Jena (havia eliminado o Benfica na semifinal) da então República Democrática alemã, sendo esta final vista como um triunfo do futebol para lá da cortina de ferro.

No entanto, e face às dificuldades impostas pelo mapa político do globo, a essa altura apenas 9,000 pessoas assistiram à partida.
Após um 1º golo de Vladimir Gutsaev o Carl Zeiss Jena conseguiu o empate por Gerhard Hoppe. 
No entanto a apenas 4 minutos do apito final Vitaly Daraselia conseguiria furar a defensiva adversária e assim fazer o 2-1 que garantiria a histórica vitória do conjunto oriundo de terras georgianas.

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