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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Quem disse que ele já estava acabado?


Certamente já muitos previram o fim da carreira de Didier Drogba. A chegada de Torres ao Chelsea, a transferência para a China ou o regresso à Europa, mas para uma liga longe do topo (Galatasaray, Turquia) foram indicadores, para muitos, do fim da carreira do costa-marfinense. Mas Drogba parece ter mais que uma vida, tem sempre uma maneira de mostrar que está presente e longe de acabado.

35 anos e muitas histórias para contar de um jogador que parece imortal. Quando todos o dão como acabado, pronto para a reforma, Drogba aparece e prova o contrário. Há uns anos atrás, Fernando Torres chegava a Londres para representar o Chelsea e muitos o apontavam como o novo titular, relegando Drogba. O espanhol era titular mas era o marfinense quem brilhava. Depois de tantos títulos oferecidos aos blues, Drogba oferecia o mais saboroso da era de Abrahmovic: a Liga dos Campeões. Ainda assim, o Chelsea não renovou com o avançado e este romou à China.

"Vai pelo dinheiro" exclamavam os adeptos por toda a Europa. E talvez até fosse esse o objetivo de Didier. Mas há objetivos maiores para o marfinense e a sua ambição não o deixa ficar muito tempo sem a competitividade e o espetáculo do futebol europeu. Por isso não hesitou quando surgiu a proposta do milionário turco Galatasaray. Mais uma vez exclamavam os adeptos: "Vai pelo dinheiro". Mais uma vez esse fator não deve ter sido posto de parte, mas Drogba não foi para a Turquia passar férias certamente.

A equipa turca juntou Wesley Sneijder a Drogba (curiosamente as duas grandes estrelas das antigas equipas de Mourinho) e a alguns dos maiores talentos turcos para ter uma equipa competitiva para atacar a segunda fase da Liga dos Campeões. O primeiro adversário era o Schalke, equipa que vinha surpreendendo nesta edição da liga milionária. Depois do empate em casa, uma excelente prestação turca em Gelsenkirchen trouxe a passagem. Depois veio o Real Madrid e um resultado bastante negativo para os turcos. A segunda mão também começou mal e a passagem estava muito longe. O Galatasaray fez das fraquezas forças e, apoiados na força e vontade de Sneijder e Drogba fizeram os madrilenos temerem o pior. Não chegou a acontecer, mas a equipa de Istambul mostrou uma força incrível, com Drogba a ser um dos homens em destaque.

O marfinense exibe ainda uma capacidade de luta e de crer impressionantes,  aguentando 90 minutos em intensidade máxima. É um jogador que entusiasma pela vontade que mostra, aliada à capacidade técnica, que é tremenda.

P.S.: muitos falam do golo de calcanhar ao Real Madrid como o último de Drogba na Liga dos Campeões. Eu, muito sinceramente, não acredito nisso. O golo na final de Munique também era o último para muita gente, mas todos esses se enganaram...

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