Uma equipa com queda para os extremos
A Holanda tem sido ao longo dos tempos um país de elite do futebol mundial, formando e potenciando algumas das grandes estrelas que já pisaram os relvados, principalmente no ataque. Os clubes holandeses são, aliás, conhecidos pelas excelentes academias de formação. Mas nem todos os clubes se regem dessa forma e há um que até opta por uma filosofia parecida com a portuguesa: comprar barato, potenciar o ativo e vender a preços altos, gerando lucro. Esse clube é o FC Twente.
Nos últimos anos, a qualidade nas alas da equipa de Enschede tem sido extraordinária. A política tem sido, ao contrário do que aconteceu com o benfiquista Ola John, comprar barato e vender caro.
Eljero Elia foi talvez o primeiro caso de sucesso. Contratado ao ADO Den Haag, passou 2 anos no clube, rumando depois ao Hamburgo. Apesar da qualidade apresentada, a passagem pela Juventus foi fraca e a estadia em Bremen também não está a ser famosa. Mas Elia ainda terá muito para mostrar na sua carreira.
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| Apesar de não ser um extremo puro, foi lá que Ruiz se notabilizou |
Emprestado pelo Chelsea ao Twente para tentar uma presença no Mundial 2010, o eslovaco Miroslav Stoch acertou claramente. Depois de uma época fantástica pelos holandeses, comandou os eslovacos a um lugar nos oitavos-de-final do Campeonato do Mundo. Foi então contratado pelo Fenerbahçe, tentando levar a sua carreira ao nível que a sua qualidade merece. Não tendo o Twente tido gastos ou lucros (financeiros) neste caso, o crescimento do eslovaco na Holanda é o fator a reter.
O mais conhecido em Portugal é talvez o benfiquista Ola John. Formado no Twente, John chegou cedo à equipa principal e cedo foi transferido para Lisboa, garantindo um bom encaixe. No Benfica, depois de um mau início, tem melhorado e já é um dos preferidos dos adeptos, sendo a qualidade com que assiste os colegas a sua maior qualidade, já exibida no Twente onde ofereceu muitos golos a jogadores como Ruiz, De Jong e o ex-portista Janko.
Esta época e apesar da saída de John, a qualidade é grande nas alas do Twente. O belga Nacer Chadli é a grande estrela e tem do outro lado o sérvio Dusan Tadic. Dois jovens com qualidade para serem mais duas pérolas saídas do De Grolsch Veste (estádio do Twente). No banco e com menos utilização que os últimos, costumam estar Jerson Cabral e Edwin Gyasi, ambos abaixo dos 23 anos e com muito para aprender até chegar ao nível esperado pelos dirigentes do Twente.
Olhando para a qualidade do passado e a do presente, é de esperar que o Twente se mantenha como um dos grandes holandeses, faltando ainda assim, um pouco mais de qualidade a nível europeu. Será que a estratégia de comprar e vender se vai manter? Ou começarão a surgir jogadores das camadas jovens, como no caso de John?



2 comentário(s):
A nivel ofensivo equipas como psv twente ajax têm tido sempre bons valores, alias os holandeses sao excelentes a formar e potenciar jogadores do meio campo pra frente
5 de janeiro de 2013 às 02:56A holanda sempre teve prodigios da defesa para a frente , basta ver a seleçao deles. Van der Vart, Snjeider , Elia ,etc.
5 de janeiro de 2013 às 15:32O problema é que elas saiem depois para fora, nao permitindo assim que o futebl holandes tenha grande interesse em ver.
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