O que mudou?
Há um ano atrás, o Porto não parecia encontrar a solução para passar a fase de grupos e acabou no 3º lugar. Este ano, ao fim de 4 jornadas, os dragões foram uma das primeiras equipas a garantir presença na fase a eliminar. Por isso, é legítimo perguntar: o que mudou no Porto em apenas um ano?
O Porto é, nesta altura, uma equipa madura e responsável. É um "adulto com experiência de vida" nesta competição. As equipas presentes no grupo não parecem, à primeira vista, mais fáceis do que as do ano passado. O Dínamo Zagreb parece a mais frágil de todas. O Dínamo Kiev está relativamente ao mesmo nível do Shakhtar do ano passado. E o Paris Saint-Germain parece um pouco melhor que o Zenit ou o APOEL do ano passado. Logo, onde está a diferença? Sector a sector talvez se perceba.
Defesa: este ano Vítor Pereira mexe menos. Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro são os titulares. Quando se lesiona alguém, o substituto faz o seu papel. Mas o treinador portista não deambula nas opções como fazia a época passada, onde na direita jogavam Sapunaru, Fucile ou Maicon e ao centro Rolando, Otamendi ou Maicon. Este ano, os lugares estão atribuídos e isso dá segurança.
Meio-Campo: no centro, um nome que acaba por fazer toda a diferença: Lucho. El comandante voltou para capitanear o Porto. E como fica bem o argentino na Champions. Há um ano, Vítor Pereira ia mudando entre Defour e Guarín. Dois bons jogadores, mas nenhum deles com a capacidade de Lucho González para escrever o nome na liga milionária.
Ataque: a grande mudança é a inclusão de um ponta-de-lança, no seu verdadeiro sentido. Jackson Martínez é mais ponta-de-lança que Kléber ou Hulk. Mais uma vez, Vítor Pereira mudava muito, mas os resultados não eram os melhores. Depois há James. El Bandido vem da esquerda ou da direita para o meio e faz confusão a todas as defesas. A cada passe, a cada movimentação, o jovem colombiano cria perigo.
Outro dos aspectos do novo Porto: a vida sem Hulk. O Incrível era quase obrigado a decidir por ele mesmo. Por vezes resultava. Outras vezes não. É verdade que os dragões perderam o poder de explosão de Hulk, que dava vitórias. Mas ganharam mais jogo de equipa. Parece que isso dá mais vitórias. Pelo menos a nível europeu. Com a saída do brasileiro, há espaço para haver outra estrela. O intermitente James da época passada já não o é. O "miúdo" tem sabido pegar na equipa e levá-la a bom "porto". Da maneira como (sobre)vive o futebol português, para o ano talvez o colombiano já cá não more. É pena.
Se juntarmos agora todos estes factores, percebemos o porquê do Porto dominar o grupo A. Num ano, a mentalidade e o futebol mudaram. E que diferença fez!
1 comentário(s):
legítima? nao sei, concerteza não será ilegal...
7 de novembro de 2012 às 14:29o porto ou qualqer insituição, pessoa, ou animal tem os seus momentos.
uns maus outros bons. Não digo que seja preciso tocar no fundo (Scp) para voltar a ribalta cheio de força e acreditar.. mas más experiências ensinam-nos sempre alguma coisa, até ao animal que referi, que pouca racionalidade tem (ou nenhuma), senão, mias valia estar morto..
o Porto com essa aprendizagem, pensou e reflectiu, e depoois cresceu e floriu, estes "pequenos pormaiores" apenas aconteccem a estruturas com fortes alicerces e bem mentalizadas do que o futuro os espera, mas principalmente do que eles esperam do futuro.
off topic: O Scp, mais propriamente Godinho, pensava que fazia um prótotipo do Porto contratando bons jogadores e mandando farpas a arbitragem, é só lembrar que o ano passado a arbitragem em geral foi alvo de imensas críticas para ver se este ano começavam melhor... mas n é assim, tá longe de se ter sucesso, ao mesmo tempo que se está obcecado com o que vai a "frente"
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