Mundial de Futsal - Portugal com pouco gás
Depois de dois jogos efectuados, analisa-se aquilo que foi o percurso da nossa selecção até ao momento, e que apesar de as possibilidades de passar pelo menos como um dos melhor 3ºs estarem muito vivas, as exibições, essas, não foram as melhores, vejamos porquê.
Portugal - Líbia: do desconforto ao descanso excessivo - Um jogo com tudo para ser tranquilo, e em que Portugal poderia e deveria ter vencido por números mais expressivos, acabou por ter 2 partes totalmente distintas.
Na 1ª parte, Portugal até entrou bem, e Cardinal logo aos 2 minutos inaugurou o marcador, o que fazia antever um jogo sossegado, a verdade é que vária perdidas, foram agravadas pelo golo de Ahamed Fathe, onde Portugal mostrou uma passividade inconcebível, desnorteando Portugal, e com a Líbia a conseguir Portugal durante 10 minutos que já começavam a causar alguma preocupação, e onde a própria Líbia chegou a incomodar aqui e ali, mas sempre com Portugal a pressionar e à procura dum resultado que espelhasse o domínio português. E ao minuto 15 trouxe o 2-1, novamente por Cardinal, e Portugal voltou a respirar de forma mais tranquila, Cardinal que completou o hat-trick, e sossegou em definitivo as cores lusa, e pouco mais há a contar da 1ª parte.
Na 2ª parte, Portugal sossegou em demasia à sombra do 3-1, e se é verdade que Marinho e Nandinho aumentaram o resultado para 5-1, Portugal fez uma 2ª parte muito displicente, demasiado permissiva e sem a chama que mostrou na 2ª parte. Em suma, se a justiça da vitória nunca esteve em causa, notou-se claramente que Portugal poderia ter feito bastante mais, perante uma selecção tremendamente frágil, o que se veio a mostrar na 2ª jornada, ao serem esmagados pelo Brasil por expressivos 13-0.
Portugal - Japão: Do céu à beira do abismo - Se no início do jogo se apostasse no resultado, dificilmente se acertaria no que acabou por acontecer. Este Japão vinha de uma derrota por 4-1 diante do Brasil, e nova derrota selaria praticamente a eliminação dos nipónicos, selecção de topo na Ásia, e uma das melhores selecções mundiais, diga-se.
Assistiu-se a uma 1ª parte de sonho, com Portugal a praticar um futsal vistoso, e que não deixava respirar um Japão, que em teoria é muito, mas muito superior ao adversário da 1ª jornada, a Líbia, mas que Portugal conseguiu vulgarizar, e chegar a uma vantagem de 5-1, com golos de João Matos, Ricardinho e Cardinal, estes a bisarem, apenas com um grande golo de Morioka pelo meio. Mas 2-5 por Hoshi aos 18 minutos, depois de um autêntico disparate de Cardinal, fez antever que o Japão poderia dar outra réplica na 2ª parte.
E os últimos 10 minutos dessa 2ª parte foram de total pesadelo para as cores lusas. Se nos primeiros 10 minutos, Portugal foi controlando os acontecimentos, o 5 para 4 japonês, que à primeira vista parecia muito estranho, com dois fixos, acabaria por ser totalmente letal, com Kitahara, Morioka e finalmente Henmi a anularem aquela que chegou a ser uma vantagem de 4 golos. E as coisas não ficaram por aqui, o Japão não desistiu do 5 para 4, e teve algumas oportunidades, até que o espanhol Miguel Rodrigo decidiu abdicar de lutar pela vitória, o que fez Portugal finalmente respirar, e ainda ter uma última grande oportunidade de voltar à vantagem.
Em suma, Portugal mostra muita qualidade, muito perfume e valor no seu futsal, mas depois comete erros infantis e deixa-se dominar, e agora vem aí o Brasil, que pura e simplesmente passeou nos jogos diante de Japão e Líbia. Pede-se 40 minutos do que foi Portugal nas 1ª partes de ambos os jogos, se realmente querem discutir o jogo com os brasileiros.
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