Suplentes de luxo em Manchester
Apesar dos golos, muitos deles decisivos, estes dois senhores passam grande parte do tempo sentados no banco. Muitos dizem que todas as equipas necessitam de jogadores destes, capazes de fazer o que os titulares nao conseguem. De acordo. Mas quanto tempo aguentam eles a viver na sombra de outros?
Os dois rivais de Manchester são os principais candidatos à conquista do título (como demonstrado na épica temporada passada) e por isso a qualidade dos seus plantéis, principalmente na frente, é invejável. Como tal, muitos dos jogadores que em outras equipas até seriam estrelas, aqui são "apenas" vistos como suplentes de luxo. Falamos de Chicharito Hernández e Edin Dzeko.
O mexicano há duas temporadas e meia em Old Trafford, tem alternado muito entre o banco e o relvado, mas os golos continuam a aparecer. Este ano a concorrência é maior com a aquisição de Van Persie e por isso, percebe-se a pouca utilização de Chicharito. Ainda assim, o ponta de lança de 24 anos continua a marcar e a dar pontos à equipa de sir Alex Ferguson. Esta época, leva 8 golos no campeonato em 13 jogos (8 como suplente utilizado), numa média de um golo a cada 75 minutos. Números fantásticos para um suplente.
No Etihad Stadium, mora um bósnio que "só" sabe faturar. O melhor marcador do City no campeonato tem Aguero, Balotelli e Tévez como concorrentes. Egos difíceis de gerir, mas com muita qualidade. Dzeko tem 9 golos na Premier League em 18 jogos (11 jogos como suplente utilizado), numa média de 1 golo a cada 89 minutos, o que lhe dá o recorde de suplente com mais golos em toda a Europa nesta temporada. Mais uma vez, um suplente com números de "quase estrela".
Acima de tudo, Chicharito e Dzeko são homens-golo, em quem os seus treinadores confiam para quando a situação não está fácil. Mas para jogar, o mexicano e o bósnio talvez precisem de mudar de ares. O exemplo mais recente é o de Berbatov, que saiu do United para o Fulham com resultados práticos: mais minutos e golos. Não quer dizer que estes dois tenham de mudar para um clube com qualidade mais baixa. Mas para jogar precisam de outro clube, porque nestes não está fácil. A menos que estejam contentes com o seu papel na equipa. Nesse caso, vão continuar a ganhar títulos e a fazer o seu trabalho como tão poucos, mas com poucos minutos.
2 comentário(s):
O Dzeko no Arsenal era a cereja no topo do bolo.
3 de janeiro de 2013 às 18:29Ou mesmo no Tottenham de Vilas Boas, é um enorme jogador.
O Chicharito pode sempre esperar que Van Persie perca fulgor ou se lesione como tanto lhe acontecia num passado recente
Bom artigo, mas penso que faz parte!
4 de janeiro de 2013 às 00:47Os jogadores de futebol por muito bons que sejam não podem jogar sempre nem podem ser sempre os mesmos a jogar, esses dois têm tempo.
E especialmente nestes clubes de topo onde a qualidade abunda penso que os jogadores devem encarar isso com normalidade. Em inglaterra nos grandes, não vejo quase nenhum onde o Chicharito fosse titular indiscutivel. No Chelsea não, no Arsenal secalhar também não, o Liverpool tem agora Suarez e Sturridge e o Tottenham tem Defoe e Adeba. Portanto...
Abraço
Enviar um comentário