Páginas

segunda-feira, 11 de março de 2013

Qual é o problema de El Niño?


Já muito se escreveu e muito se falou, mas será que já alguém chegou a uma resposta? Fernando Torres passou de um dos mais promissores pontas-de-lança do mundo para um avançado ineficaz num ápice. Porquê?


Formado no Atlético de Madrid, Fernando Torres rapidamente se afirmou no clube madrileno e fez capas de jornais por toda a Europa. Estava perante todo o velho continente um diamante em bruto, um avançado que dentro de poucos anos seria capaz de atormentar qualquer defesa e qualquer guarda-redes que lhe aparecesse pela frente. Rafael Benítez, o então treinador do Liverpool, viu em El Niño aquilo que muitos também viram: um potencial estrondoso, uma jovem máquina de fazer golos. Assim sendo, o treinador espanhol não hesitou e antecipou-se a outros tubarões europeus para garantir a chegada de Torres aos reds.

O jovem espanhol não tardou a impressionar os adeptos de Anfield, resolvendo por várias vezes partidas que se apresentavam complicadas. As exibições de Torres continuavam a impressionar e a ganhar adeptos. Roman Abrahmovic não parece ter tido problemas em gastar 58 milhões de euros para garantir o avançado, naquela que foi a maior transferência protagonizada por um clube inglês (a sexta maior de sempre). Esperava-se que Torres mantivesse o nível exibicional, acrescentando golos e títulos para os blues. Mas algo de estranho aconteceu. Um fenómeno quase sobrenatural: aquele menino espanhol que brilhava na cidade dos Beatles parecia acusar a pressão. Em meia temporada em Stamford Bridge fez 1 golo. Muitos falavam em problemas de adaptação. Por isso, os analistas decidiram dar mais um ano para El Niño mostrar o que sabia fazer. Uma temporada depois, 11 golos em 49 jogos. Para um ponta-de-lança, principalmente de um clube como o Chelsea, não são números que impressionem. Torres parecia nesta altura um fantasma no ataque do Chelsea, sempre na sombra de Drogba que liderou os blues na surpreendente vitória na Liga dos Campeões.

Uma nova época surgiu, Drogba saiu, trazendo a terceira oportunidade para Torres. Os golos surgiram por mais vezes, mas El Niño falhava três oportunidades para marcar um golo. Benítez chegou, talvez até para "arrebitar" o espanhol. Mas para Abrahmovic não era suficiente. O Chelsea ia buscar Demba Ba para a frente de ataque. Os dois até têm rodado na frente, ora joga um, ora joga outro. Mas agora até parece que ninguém está contente com ambos. Torres tem 48 jogos e 15 golos esta época (números abaixo do esperado para um avançado do Chelsea) e Ba tem 12 jogos e 4 golos (sensivelmente a mesma média de Torres).

Até hoje, a razão por detrás da falta de golos de Torres ainda parece estar por descobrir. Ansiedade? O peso dos 58 milhões? Falta de apoio por parte dos adeptos e equipa técnica do Chelsea? Ou todos estes fatores e mais alguns em conjunto? Porque Torres não desaprendeu a arte de marcar. Mas parece ter esquecido como o fazer. Talvez a única solução seja a mudança de ares. Algo que não será assim tão fácil, visto que a cotação de Torres tem descido desde a chegada a Londres. Fala-se muito numa troca Falcao-Torres. Seria essa a solução para o espanhol? Voltar ao local onde começou a mostrar os seus dotes?

Recorde o melhor e o pior da carreira de Fernando Torres em Inglaterra:

0 comentário(s):

Enviar um comentário

 
DUPLO PIVOT | by TNB ©2010