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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Aposta em quem merece ou a criação de um núcleo?


Mais uma convocatória de Portugal e mais uma vez os portugueses divididos quanto às escolhas. Paulo Bento chamou os "habituais" e o país respondeu com incredulidade, a pedir oportunidade a jogadores que mereciam a chamada em detrimento de suplentes e jogadores em baixo de forma. Surge assim um dilema: numa equipa em claras dificuldades para conseguir a qualificação para o Mundial, a solução passa por construir um núcleo forte e um espírito de equipa forte, convocando quase sempre os mesmos ou convocar os que estão em melhor forma e que mostram mais qualidade no momento?

O selecionador nacional parece apostado em criar um grupo coeso e unido, tendo no máximo um leque de opções de 30 jogadores e escolhendo sempre os 23 dentro desse grupo de 30. Isso traz a vantagem de os jogadores se conhecerem melhor, algo sempre difícil em seleções. E quanto melhor os jogadores se conhecerem e quanto maior for o entrosamento, melhor funcionará a equipa (na teoria). Mas alguns jogadores em baixo de forma e suplentes no seu clube terão espaço na seleção? Não prejudicam o jogo português? Não será também por causa disso que Portugal se encontra em tão difícil posiçao neste momento?

A maioria dos adeptos pede a inclusão de outros nomes que têm dado nas vistas, casos de Ricardo, Diogo Figueiras, Antunes, André Almeida, Flávio Ferreira, Manuel Fernandes, Adrien, André Martins, Josué, André Leão, Pizzi, Licá, entre tantos outros. Todos eles jogadores que na época transacta ou no início da nova época mostraram grande valor e qualidade para terem uma oportunidade. Mas volta a impor-se a pergunta: se forem convocados os jogadores pela forma em que se encontram, as convocatórias não se tornarão muito diferentes, impedindo a criação de um grupo forte? Ou uma seleção não depende disso e devem jogar os que em melhor forma se encontram?

Há sempre a possibilidade de um meio-termo. Cria-se um grupo de cerca de 15/16 jogadores que fará parte da "espinha-dorsal" da seleção, que serão sempre convocados (exceptuando lesões e castigos). E as restantes 7/8 escolhas recairiam nos que dão mais nas vistas e que se apresentem em melhor forma. Ou com tão pouco espaço de manobra, importa agora escolher os que estão mais habituados às ideias de Paulo Bento e ir com os "habitués" até ao fim?

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