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quinta-feira, 16 de maio de 2013

O resumo perfeito de ontem e não só...

O Benfica perdeu no espaço de 4 dias o seu segundo jogo decisivo da época, mas, embora com derrotas semelhantes em termos de resultado final e até do período em que os golos da vitória foram marcados, há diferenças abismais entre os referidos dois jogos.
De seguida fica transcrita a melhor análise que vi na blogosfera ao que aconteceu.




O texto pertence a Miguel Nunes do blog Lateral esquerdo, nosso parceiro e dos melhores blogs da praça:


«É uma questão legitima. Porém, a diferença não esteve no Benfica. Antes no adversário dos encarnados.

O FC Porto é mesmo uma equipa de nível mundial (que ironia terem de voltar a ler aqui isto, não é?) e não deixou de o ser por ter perdido com um elemento a menos em campo para o Málaga, que recorde-se viu-se eliminado da Liga dos Campeões por um super finalista Borussia Dortmund, no período de compensação com um golo pleno de irregularidades várias. Mas o Málaga até poderia ter a qualidade do Olhanense, que "acidentes" acontecem, e o FC Porto não seria menos competente e menos forte por um resultado.

O FC Porto não é só bastante superior ao Chelsea. Como aliás, também o SL Benfica colectivamente o é. O FC Porto beneficia de ter um excelente treinador, bastante superior ao bom e muito titulado Benitez, por exemplo, que conhece como ninguém o adversário que enfrentou no fim de semana. Ao contrário do Chelsea, que percebia-se não sabia bem para o que ia. Ainda que tenha corrigido um pouco as coisas na segunda parte, quando começou a condicionar a primeira fase da construção encarnada.

É soberbo o futebol do Benfica quando o adversário não tenta controlar logo no primeiro momento as investidas encarnadas. Garay sem pressão entrega com qualidade em Matic e/ou Enzo. Matic recebendo e enquadrando, mesmo que com pressão é fantástico. Tem mil formas de dar seguimento com muita qualidade ao ataque, e descobre normalmente Gaitán entre sectores, e ai o argentino tem estado a um nível impressionante. Porém, condicionar a primeira fase ofensiva dos encarnados significa desmoronar metade do potencial perigoso do SL Benfica. Os centrais jogam longo, a bola não passa por Matic, não chega com qualidade a Gaitán e não se perde tudo, mas bastante.

Sporting, Estoril e FC Porto. Três dos adversários mais recentes dos encarnados que o perceberam, e que fruto disso colocaram mais dificuldades ao Benfica que qualquer outro em praticamente toda a temporada encarnada.

Não foi um Benfica diferente em Amesterdão. Foi um adversário incapaz de o conhecer e controlar. A diferença de qualidade e produção ofensiva esteve sobretudo nas diferenças entre adversários. O FC Porto é bastante superior colectivamente ao Chelsea e sobretudo tem um treinador de grande qualidade que sabe como ninguém como travar o Benfica de Jorge Jesus.

Menos Benfica na segunda parte em Amesterdão deveu-se acima de tudo a uma nova organização / estratégia blue. Menos liberdade aos encarnados na saída de bola encarnada, Benfica a jogar longo mais vezes, Matic com menos bola, Benfica com menos ataques prometedores. »

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