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sábado, 23 de março de 2013

E depois das eleições: Quo vadis Sporting?


 As medidas a serem tomadas para muitos são simples: cortar de vez com o passado e introduzir sangue novo, novos projetos, cortes nos custos, restruturação financeira, restruturação da gestão desportiva e aposta na academia. A parte mais dificil será colocar tudo isto em prática com sucesso, mas certamente que o mais complicado no momento para um adepto/associado, é ter de olhar para estes 3 homens (todos diferentes mas em que nenhum consegue encher as medidas e qualquer um deixa as suas reticências) e escolher um para traçar o futuro do clube, num dos momentos mais negros de sempre na vida do Sporting.

 Certamente que, o plano é ter no Sporting uma presidência capaz de apresentar mais soluções que a venda de um dos maiores activos para pagar ordenados? 
O plano é ter no Sporting uma presidência capaz de dar um murro na mesa, e se o primeiro não resultar, capaz de dar um segundo e um terceiro, e se partir que parta, desde que as medidas duras sirvam para quebrar paradigmas e afugentar certas sombras e residuos das hostes leoninas? Unir uma estrutura de sportinguistas para e pelo Sporting, para servirem o Sporting, e nunca para se servirem do Sporting?

O plano passará por ter uma estrutura que consiga afastar os famosos difamadores que de alguma forma estão ou estiveram ligados ao Sporting, restringir a ligação entre o mundo Sporting e o mundo exterior a muito poucas pessoas de modo a que não se fale(difame) tanto o clube leonino?

O plano passará certamente por proteger, valorizar, potenciar e blindar os jovens da academia. Usar os jovens da academia para evoluir a nivel desportivo e médio prazo usa-los para rendimento a nivel financeiro?

Outra das preocupações deve ser também conseguir ter um departamento fisico competente e o mesmo para o sector financeiro: tendo em conta que ambos sectores dos mais recentes tempos do Sporting têm tido uma grande cota parte de culpa no incucesso do clube, o objetivo é mesmo fazer reset e apostar em gente nova, novas ideias, filosofias de trabalho e outra competência?

Para um novo Sporting convem ainda resolver os custos elevados a que o Sporting se expõe atualmente, tendo muitos jogadores emprestados a receber do clube, reduzir os altissimos gastos e tentar subir as receitas? Incutir uma profunda restruturação financeira? Recorrer a investidores? Mas quais os objetivos de investimento? O que sai do clube em troca? De onde vêm estes investimentos e porquê?

Se antes estas ideias e planos foram tentados pela antiga presidência(embora  de forma tardia e quando muitos males já estavam feitos) qual a garantia de que uma das 3 opções dadas aos sportinguistas vai ser a boa e vai acertar? Que vai ser aquela que vai colocar o Sporting com estatuto de grande a viver de novo como tal a todos os niveis?

A verdade é que existem mais perguntas que respostas, em toda a campanha assistimos mais a picardias e acusações graves entre os candidatos do que a uma exposição de soluções e ideias novas para um Sporting melhor.  Assistimos a promessas já feitas no passado por outras listas, nada de novo. Discursos preparados mas vagos, listas surgidas em cima do acontecimento e quem sabe, uma lista formada apenas para beneficio pessoal, para ganhar fama e prospecção. 

Nada disto quer no entanto dizer que nenhuma das listas pode ser a solução, mas sim que o momento que o Sporting vive é delicado, e que no presente o momento da escolha e da mudança pode ser positivo ou arrasador: e antes do momento da transição o sportinguista tem de votar com o pequeno lote de informações e escolhas que tem, sabendo que o seu voto pode ajudar a levar o seu clube para cima mas que também pode levar muito para baixo.

E se o momento das eleições é sempre importante, atualmente no Sporting é importantissimo(a enorme adesão à votação diz bem a importância destas eleições na atmosfera leonina) e pode definir um rumo referente à existência, grandeza e estatuto do clube.

As listas foram apresentadas, as campanhas foram feitas, os sportinguistas votaram, a grande decisão vai ser oficializada mas as questões e receios ficaram. E a vida depois das eleições? O que vai mudar?

O mais simples neste momento é saber o que tem de mudar e o que tem de ser feito(o que tem de ser feito também pareceu ser de concordância entre os 3 candidatos), mas o que tem de ser feito parece ser(e é) complicado de se fazer no meio-ambiente do Sporting, com toda a pressão e caos que se vive no mundo de alvalade. Sem a tranquilidade e paciência que se exige, mas que por razões obvias deixou de haver.

Entretanto segunda-feira começa um novo rumo que pode ser positivo ou negativo, o sportinguista esse, teve a ingrata missão de escolher dentro de um lote de 3 que ninguém escolheu, que os sportinguistas não puderam escolher e onde nenhum é de agrado global, e onde pode não estar o "salvador" para a missão de salvamento que se exige, as garantias são inexistentes e o presente/futuro de um dos grandes de Portugal bastante intermitente.

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