Futebol - o dilema das novas tecnologias
Finalmente, depois de anos e anos com erros de palmatória dos árbitros, a cúpula carregada de "velhos do Restelo", como declamava o grande Camões, mais conhecida como FIFA aprovou o uso da tecnologia para controlar a entrada da bola na baliza em jogos de futebol. É uma mudança enorme, com implicações profundas no desporto mais popular do mundo.
O Futebol é jogado por mais de 250 milhões de pessoas em mais de 200 países por todo o mundo. Além disso movimenta mais dinheiro do que qualquer outro desporto no planeta. Mais importante ainda, milhares de milhões de fãs visionam este fenómeno avidamente todos os dias. A título de exemplo, a final do campeonato da Europa de 2012 em que a Espanha destroçou a Itália gerou mais tweets do que qualquer outro evento desportivo antes.
Todos aqueles fãs amam o futebol, mas da mesma forma gostam de discutir os erros do árbitro durante e depois do jogo. Estes erros não só podem decidir o resultado de um jogo, mas o destino de uma equipa numa determinada competição ou torneio, incluindo seleções que têm o orgulho nacional em jogo. Além disso, um destes erros pode representar centenas de milhões de euros perdidos para uma equipa e causar a consternação de todo um país.
O Futebol é jogado por mais de 250 milhões de pessoas em mais de 200 países por todo o mundo. Além disso movimenta mais dinheiro do que qualquer outro desporto no planeta. Mais importante ainda, milhares de milhões de fãs visionam este fenómeno avidamente todos os dias. A título de exemplo, a final do campeonato da Europa de 2012 em que a Espanha destroçou a Itália gerou mais tweets do que qualquer outro evento desportivo antes.
Todos aqueles fãs amam o futebol, mas da mesma forma gostam de discutir os erros do árbitro durante e depois do jogo. Estes erros não só podem decidir o resultado de um jogo, mas o destino de uma equipa numa determinada competição ou torneio, incluindo seleções que têm o orgulho nacional em jogo. Além disso, um destes erros pode representar centenas de milhões de euros perdidos para uma equipa e causar a consternação de todo um país.
E qual o maior erro num jogo? A anulação de um golo limpo.
HawkEye e GoalRef
Parte destes erros seria evitável se a tecnologia que a FIFA aprovou agora, por meio da International Football Association Board (IFAB), estivesse em vigor.
A regra agora aprovada afeta apenas golos fantasmas. Estes ocorrem quando a bola passa a linha do golo, mas depois sai rapidamente de dentro da baliza. Tecnicamente, é golo, mas às vezes os árbitros não o validam, porque não o podem confirmar a partir de seu ponto de vista, mesmo quando o mundo inteiro o pode confirmar de forma clara nas suas TVs de alta tecnologia.
Outras vezes, os juízes da partida parecem ter intenções ignóbeis como quando Lampard marcou pela Inglaterra contra a Alemanha na África do Sul '10, ou Michel por Espanha rematou a bola bem para dentro da baliza do Brasil no México '86.
A primeira tecnologia com capacidade para evitar este tipo de situações chama-se HawkEye, e já tem vindo a ser utilizada no ténis há já algum tempo- Câmaras HawkEye são instaladas nos postes e passo a passo elas acompanham a bola e se certificam se esta passou a linha de golo ou não.
Haverá outra tecnologia de rastreamento chamada GoalRef. Desenvolvida pelo Instituto Fraunhofer de Circuitos Integrados IIS, o GoalRef usa um campo magnético de baixa frequência em torno dos postes e barra, criando uma cortina de rádio invisível. Quando a bola passa totalmente por essa cortina, as alterações do campo magnético permitem que o sistema envie um alerta ao relógio de pulso do árbitro.
Ambos serão grandes adições que pedem evitar decisões extremamente más e embaraçosas para o árbitro.
É preciso mais, no entanto...
A tecnologia pode fazer muito mais agora e podemos eliminar 90% dos problemas mais comuns em decisões do árbitro: off-sides só é necessário incorporar microchips de localização nas botas dos jogadores e da bola e não tem que ser de GPS. Pode ser trabalhada localmente, com um computador a triangulação da posição dos jogadores e bolas utilizando recetores situados em redor do campo. Não é ficção científica, é tecnologia, pode ser feito facilmente e não é caro para um desporto que gera mais dinheiro do que qualquer outro no mundo.
Uma tecnologia como essa iria eliminar a maioria dos problemas e aleatoriedade do futebol, evitando interromper o jogo vezes de mais.
Sendo assim porque não se faz isto? Alguns dizem que, se se fizer tudo muito perfeito, o poder dos árbitros e federações de futebol cai no vazio. Outros dizem que vai retirar o sal ao futebol. Como eu disse, as pessoas gostam de discutir sobre estes assuntos. E depois há aqueles que dizem que isso iria parar o jogo vezes de mais.
Todas estas razões são erradas na minha opinião e carecem de fundamento, especialmente a última: O jogo para de cada vez que há apito do árbitro, mas ainda se perde mais tempo quando há uma decisão duvidosa. Porquê? Porque os jogadores protestam e os minutos passam com o árbitro a discutir a sua decisão com os atletas (e os jogadores frustrados insultam e são insultados ou penalizados o que mais tarde geralmente leva a aumento da adrenalina e violência no campo e nas bancadas).
Esperemos que, a introdução de GoalRef e HawkEye sinalize uma mudança há muito necessária num mundo que, com mais frequência do que pensamos, é afetado por interesses ocultos e de manipulação. Quando tanto dinheiro e orgulho dos fãs está em jogo devíamos ver com atenção outros desportos como o rugby, o ténis, o futebol americano, basquetebol, basebol para perceber que há uma clara necessidade de utilizar toda a tecnologia que se pode vir a ter para evitar quaisquer erros crassos que desvirtuem o desporto que amamos.
Ambos serão grandes adições que pedem evitar decisões extremamente más e embaraçosas para o árbitro.
É preciso mais, no entanto...
A tecnologia pode fazer muito mais agora e podemos eliminar 90% dos problemas mais comuns em decisões do árbitro: off-sides só é necessário incorporar microchips de localização nas botas dos jogadores e da bola e não tem que ser de GPS. Pode ser trabalhada localmente, com um computador a triangulação da posição dos jogadores e bolas utilizando recetores situados em redor do campo. Não é ficção científica, é tecnologia, pode ser feito facilmente e não é caro para um desporto que gera mais dinheiro do que qualquer outro no mundo.
Uma tecnologia como essa iria eliminar a maioria dos problemas e aleatoriedade do futebol, evitando interromper o jogo vezes de mais.
Sendo assim porque não se faz isto? Alguns dizem que, se se fizer tudo muito perfeito, o poder dos árbitros e federações de futebol cai no vazio. Outros dizem que vai retirar o sal ao futebol. Como eu disse, as pessoas gostam de discutir sobre estes assuntos. E depois há aqueles que dizem que isso iria parar o jogo vezes de mais.
Todas estas razões são erradas na minha opinião e carecem de fundamento, especialmente a última: O jogo para de cada vez que há apito do árbitro, mas ainda se perde mais tempo quando há uma decisão duvidosa. Porquê? Porque os jogadores protestam e os minutos passam com o árbitro a discutir a sua decisão com os atletas (e os jogadores frustrados insultam e são insultados ou penalizados o que mais tarde geralmente leva a aumento da adrenalina e violência no campo e nas bancadas).
Esperemos que, a introdução de GoalRef e HawkEye sinalize uma mudança há muito necessária num mundo que, com mais frequência do que pensamos, é afetado por interesses ocultos e de manipulação. Quando tanto dinheiro e orgulho dos fãs está em jogo devíamos ver com atenção outros desportos como o rugby, o ténis, o futebol americano, basquetebol, basebol para perceber que há uma clara necessidade de utilizar toda a tecnologia que se pode vir a ter para evitar quaisquer erros crassos que desvirtuem o desporto que amamos.
Como dissera em tempos o grande Fernando Pessoa, no início vai-se estranhar, mas depois vai-se entranhar… no fim vai-nos fazer falta.
Texto da autoria de RedCeltic.
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